Assim, porque és morno, e nem és quente e nem frio,
vomitar-te-ei de minha boca. (Apocalipse, 3, 16)
Em nome da Mãe, do Filho, e do Espírito Guerreiro,
forjo minha fé em fogo e água,
reitero minha sina de ser triádico.
Sou Mãe de minha mãe,
acolho em meu útero estomacal tudo aquilo que queima e arde,
vivo nas fímbrias do sentido,
sendo opaco, insosso e deletério.
A cálida mão que afaga,
com suaves dedos pune amarga,
cintila sangue por entre as linhas
que recortam a certeza do ambíguo.
Como um machado que corta em ambos lados,
divido-me feito Janus,
cada face tende a um horizonte:
o corpo padece estático,
mas o espírito reitera-se ao infinito.
Amém.
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